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O selénio é extraordinário a diversos níveis. A quantidade de selénio necessária à manutenção da saúde é muito reduzida, no entanto este micronutriente é decisivo no reforço de um grande número de funções biológicas do organismo. O selénio está envolvido em diversos processos biológicos: no sistema imunitário, sistema reprodutor, tiróide e cérebro, entre outros.
Este oligoelemento essencial, que obtemos na alimentação, está a despertar cada vez mais interesse público e científico. Podemos obter selénio quer pela ingestão de cereais ou vegetais que absorveram este nutriente a partir do solo. Podemos também obter selénio através da ingestão de carne ou lacticínios de animais que se alimentam desses cereais e vegetais.
O problema é a escassez de selénio. O solo agrícola de extensas regiões do mundo contém tão pouco selénio que se torna difícil para o ser humano ter um aporte suficiente apenas com a alimentação.
O selénio, descoberto pelo químico sueco Jöns Jacob Berzelius, em 1817, tornou-se uma das áreas de investigação mais apaixonantes. Para comemorar os 200 anos, em Agosto de 2017, realizou-se, em Estocolmo, uma conferência internacional sobre selénio, a Se2017. Investigadores de todo o mundo reuniram-se no prestigiado Karolinska Institute, onde apresentaram algumas das descobertas mais recentes sobre o papel do selénio na saúde humana.